APMP e Global Institute For Peace da USP formalizam parceria
Convênio entre entidades foi anunciado no webinar de lançamento do Centro de Resoluções de Conflitos da USP
A Associação Paulista do Ministério Público e o Global Institute For Peace da Universidade de São Paulo (GLIP-USP) formalizaram uma parceria, que foi anunciada hoje (25), durante o webinar de lançamento do Centro de Resoluções de Conflitos da USP (CRC-USP), que teve início às 10:00. O convênio tem por finalidade facilitar o intercâmbio de informações referentes às atuações das entidades no que tange a cooperação acadêmica, educacional e divulgação de atividades conjuntas.
O reitor da Universidade de São Paulo, Vahan Agopyan, abriu o evento falando sobre a importância da criação do CRC-USP dentro do que ele definiu como “terceira missão” das universidades de pesquisa do mundo todo, que vai além do ensino e da pesquisa, que é o relacionamento com a sociedade. “A universidade brasileira não está parada com essa pandemia, nós estamos cumprindo a nossa tarefa e estamos dando uma resposta à sociedade. Esse Centro de Resolução de Conflitos é mais uma iniciativa para isso”, concluiu.
O Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Fernando José da Costa, enalteceu a iniciativa classificada como “muito importante” de tratar de resolução extrajudicial de conflitos, de segurança cibernética e de equilíbrio de gênero. “Aqui à frente da Secretaria, posso dizer que temos o dever, ou melhor dizendo, o Estado, ele tem o dever de trabalhar com políticas públicas e oferecer mecanismos de resolução de conflito, que antecedem o litígio judicial”, pontuou.
O Presidente da APMP, Paulo Penteado Teixeira Junior, falou com orgulho do passado como estudante da USP. “Ontem, por coincidência, eu tirei uma foto da minha sala de trabalho, ao fundo a nossa sempre nova e velha academia, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo”, mencionou. E concluiu sua fala elogiando a instituição: “Parabéns pelo dinamismo da nossa Universidade de São Paulo”.
O 2° Vice Presidente da APMP e Conselheiro CRC-USP, Eduardo Mistrorigo de Freitas, enalteceu o GLIP-USP. “Em um futuro que se apresenta com características bem beligerantes, você ter um instituto que se movimenta em prol da paz é reconfortante”, exaltou. Sobre parceria entre a APMP e o GLIP-USP ressaltou: Pra gente do Ministério Público é gratificante esse convênio feito entre a APMP e o GLIP-USP.
A Professora de Direito Internacional e Vice-Presidente do GLIP-USP Maristela Basso pontuou: “Nós somos um grupo de escolas que tem a pretensão de, a partir do Brasil, ser uma estrutura para todas as pessoas, entidades, estados, e organizações que precisem e que queiram encontrar paz para seus conflitos. Onde há conflito, que a gente possa chegar com alguma proposta de paz que possa tornar o mundo um pouco melhor, mais habitável, mais humano e solidário”.
O Coordenador -Geral do GLIP-USP, professor José Roberto Cardoso enalteceu os apoios recebidos, entre eles o da APMP, na figura do presidente Paulo Penteado , “que sempre apoiou as nossas iniciativas, o que de fato nos ajudou muito, num momento em que não havia nada”.
Já o Presidente do CRC-USP, Frederico Straube, falou do caminho interessante e difícil, que é o estruturar, articular e lançar ao público um centro com carimbo da USP, que geraria uma responsabilidade muito maior. “Hoje achamos que estamos em condições de oferecer a essa comunidade muito amadurecida no Brasil um produto de primeira categoria”, ao falar da administração da arbitragem propriamente dita.
A contribuição internacional veio direto do Bahrein, com a professora Marike Paulsson – International Vice President GLIP-USP . Ela disse que a “não violência é a única resposta confiável à violência que vemos ao redor do mundo hoje, ao lembrar de Coretta Scott King, viúva do ativista Martin Luther King Jr, nos anos 60.
O árbitro da Organização Mundial do Comércio e conselheiro do Glip -USP, Umberto Celli Junior, falou sobre a honra de integrar o “projeto de ponta” e das dificuldades desde que a Lei de Arbitragem brasileira foi criada. “Até que a arbitragem pudesse efetivamente ganhar corpo e ele pudesse ter se consolidado como efetivo método de resolução de controvérsias, foram muitos anos. Por muitos anos desconfiamos desse método e hoje é um método consagrado”, afirmou.
O webinar teve ainda a participação da Diretora da Escola Politécnica da USP, Liedi Bernucci, do Advogado e Conselheiro CRC-USP, Renan Peres, da advogada e conselheira do CRC-USP, Ana Gerdau, do Advogado e Conselheiro do CRC-USP, Alexandre Tadeu Navarro, do Advogado e Conselheiro do CRC-USP, Vitor Castro, de Londres, e da Advogada e Secretária Geral do CRC-USP, Lara Melani.
O evento, conduzido pelo Conselheiro do GLIP, do CRC-USP e International Affairs Reitoria USP, Gerson Damiani, foi acompanhado virtualmente por 280 pessoas.